Construção

Inscrição

Há uma placa próxima ao monumento contendo o seguinte texto:

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Construção

Bruno Giorgi
1979

O QR code leva a um link do Google Drive, de autoria de Ana Luiza Piza e datado do final de 2020, onde se encontra um arquivo PDF contendo o seguinte texto:

Bruno Giorgi
Construção, bronze

Mococa, SP, 1905 - Rio de Janeiro, RJ, 1993

Escultor. Seus pais, originários da Toscana, vêm para o Brasil para
trabalhar na produção cafeeira. Anos depois, a família fixa residência
em Roma e, em 1913, o artista inicia estudos de desenho e escultura com
o professor Loss. Em 1931, é preso por motivos políticos e condenado a
sete anos de prisão pela sua militância contra o fascismo. É extraditado
para o Brasil em 1935, por intervenção do embaixador brasileiro na Itália.
Em São Paulo, trava contato com Joaquim Figueira e Alfredo Volpi. Viaja
para Paris e frequenta as academias La Grand Chaumière e Ranson,
onde estuda com o escultor Aristide Maillol. Em 1939, retorna a São Paulo,
integrando o movimento modernista, ao lado de Victor Brecheret, Mario
de Andrade, Lasar Segall, Oswald de Andrade, Sergio Milliet, entre outros.
Frequenta os artistas do Grupo Santa Helena e da Família Artística
Paulista. Em 1943, transfere-se para o Rio de Janeiro. A convite do ministro
Gustavo Capanema, instala ateliê no antigo Hospício da Praia Vermelha,
Urca. Participa das Bienais de Veneza, em 1950 da Bienal de São Paulo, em
1951, e recebe o prêmio de melhor escultura na II Bienal de São Paulo, em
1953. Participa de várias exposições nacionais e internacionais. Realiza
diversos bustos e monumentos em espaços públicos no Brasil e no
exterior, como Monumento à Juventude Brasileira, nos jardins no Palácio
Gustavo Capanema/RJ; Candangos, na praça dos Três Poderes, em
Brasília; Meteoro, no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores,
em Brasília; Integração, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Ao longo da década de 1950, suas obras acentuam o ritmo e o
movimento, ao harmonizar linhas curvas e formas angulares. Seus
trabalhos demonstram um crescente interesse pela temática e pelos
tipos brasileiros, no processo de redução das formas figurativas e,
mais adiante, a linguagem abstrata. Passa a utilizar o bronze, criando
figuras delgadas, em que os vazios são parte integrante da escultura,
predominando frequentemente sobre as massas. Na década seguinte,
as formas geométricas ocupam o lugar das figuras, e o mármore passa
a substituir o bronze.