Fidelidade na Praça Afonso Pena

[...] grupo escultural que tomou o nome de «Fidelidade», representado por um cão policial, de orelhas à escuta, atento, simbolizando a vigilância, e um galgo, em posição de descanço, simbolizando a nobreza canina.

Em reportagem de 1954, o Diario de Noticias relata que o conjunto escultural foi encomendado pelo então prefeito (1931–1934, 1935–1936) Pedro Ernesto circa 1934. O conjunto era originalmente destinado a um cemitério de cães de estimação, "nas proximidades do morro do Telégrafo".¹

Devido à Intentona Comunista, em novembro de 1935, a subsequente prisão de Pedro Ernesto, em abril de 1936, por sua solidarização com movimentos populares progressitas, e a morte de Pedro Ernesto em 1942, o projeto da escultura foi deixado de lado. Segundo a reportagem, a escultura não havia sido fundida em bronze ainda, nem tampouco houve pagamento.¹

Um dos herdeiros do escultor, Ariosto Berna, entrou em contato com a Prefeitura, visando aproveitar uma onda de investimentos em cultura, para que a obra fosse terminada e compensada. O então vereador (1950–1958) Frederico Trotta "apresentou uma indicação, incluindo verba de Cr$ 400.000,00 justamente com a finalidade de completar o trabalho iniciado e colocá-lo no devido lugar".¹

Para este catálogo, ainda não está claro por que ou quando a escultura foi instalada em, ou posteriormente movida para, a Praça Afonso Pena. Contudo, a placa em sua base data sua inauguração original em 20 de janeiro de 1957, e essa é a data usada aqui.